Estreiou ontem no XIII FAO, o ballet Apollon Musagète, meu primeiro trabalho com o CDA fora das óperas, o ensaio a que assisti prometia, louco prá voltar a Manaus e conferir o resultado no dia 10. Copio abaixo o texto do Caetano que saiu no programa:
APOLLON MUSAGÈTE
Imaginem o nascimento de um deus que ao ser visitado pelas Musas da Dança, Poesia e Teatro não consegue mais viver sozinho e descobre nelas o motivo para viver. Este é centro do conflito deste “Apolo, condutor das Musas” que Stravinsky defende com uma forte influência do Barroco e da musica francesa do século XVIII.
Sua estréia mundial foi coroada de nomes como o do coreógrafo George Balanchine e figurinos de Coco Chanel numa época em que o clássico e o neoclássico predominavam nos estilos das companhias de dança.
Nesta nova montagem apresento uma versão menos ‘clássica e mais moderna’ para a Companhia de Dança do Amazonas, explorando as diferentes qualidades de movimento dos bailarinos e toda a sua teatralidade. Multiplico ‘apolos e musas’ para provar que ninguém consegue viver sem um pouco de Arte na vida.
No mesmo caminho já apresentamos aqui no FAO um bem sucedido “Pierrot Lunaire” - também com a OCA – este “Apolon” é mais um passo no aprimoramento desta linguagem e na solidez dos corpos estáveis do Teatro Amazonas.
Caetano Vilela
Direção Cênica, Concepção e Iluminação
No figurino nada de Chanel agora... tenho apolos e musas contemporâneas trabalhadas nas primárias de Mondrian, muito corte enviesado, nada de túnicas retas e nos apolos o trabalho de elásticos costurados que amo desde o Oficina
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